domingo, 29 de maio de 2011

Estados Unidos querem se aliar ao Vaticano

Os Estados Unidos têm interesse em ser um aliado do Vaticano, de acordo com documentos revelados pelo site WikiLeaks e antecipados nesta quinta-feira pela revista italiana L’Espresso. Segundo os documentos, a secretária de Estado americana Hillary Clinton teria orientado os embaixadores e diplomatas do país a criarem uma página na internet para acompanhar as novidades do governo pontifício. “O Vaticano pode ser uma potência aliada ou um inimigo ocasional. Devemos fazê-lo ver que a nossa política pode ajudá-lo a avançar em muitos princípios”, orientou o Departamento de Estado. Os relatórios, que serão publicados na sexta-feira pela revista, informam que os Estados Unidos consideram o Vaticano um modelo a ser estudado com atenção. “Trata-se de uma armada impressionante: 400 mil sacerdotes, 750 madres, cinco mil monges e frades, relações diplomáticas com 177 países, três milhões de escolas, cinco mil hospitais, braço operativo da Caritas com 165 mil voluntários e dependentes que prestam assistência a 24 milhões de pessoas”, afirmam os documentos.

O Departamento de Estado americano ainda apontou que a relação do país com o governo pontifício deve ser construída com cuidado. “Tudo depende da relação que possamos construir: devemos trabalhar juntos quando as nossas posições são complementares, assegurando que a nossa linha seja compreendida quando são divergentes”, dizem os textos.

(Veja)

Nota: Há um século (quando isso era inconcebível), Ellen White escreveu: “Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através da voragem para apanhar a mão do espiritismo [de onde vêm, por exemplo, as principais produções espíritas do mundo]; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 588). Será que falta muito para que essa tríplice união seja consolidada? Tarefa de casa: reler atentamente o capítulo 13 do Apocalipse.[MB]

http://www.criacionismo.com.br/2011/04/estados-unidos-querem-se-aliar-ao.html

NOVO ORKUT SEJA NOSSO AMIGO

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terça-feira, 24 de maio de 2011

2011-05-22 - Domingo - Inicio das Classes Biblicas





2011-05-22 - Domingo - Inicio das Classes Biblicas

2011-05-21-Semana da familia Pr Fernando Rios - Batismos




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2011-05-21-Semana da familia Pr Fernando Rios - Batismos


2011-05-18-20-Semana da familia Pr Fernando Rios




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2011-05-12 - o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil




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terça-feira, 17 de maio de 2011

Mensagem Pastoral - Família, Uma Santa e Divina Ideia

Deus faz que o solitário more em família...” Salmo 68:6.

              A Igreja Adventista do Sétimo Dia, em toda a América do Sul, está dedicando às famílias esta semana, de 14 a 21 de maio. Em cada igreja estão se realizando cultos de adoração com momentos de oração e mensagens dedicados às famílias. Isto muito me alegra, pois a família é uma instituição importante em nosso planeta. A formação da família foi uma santa e divina ideia.  Deus, ao planejar a vida em nosso planeta, determinou que o homem se unisse à sua mulher para que ambos formassem uma nova família (Gn 2:24). Além deste fato, podemos perceber o cuidado de Deus com a família na bênção pronunciada a Abraão. Deus não direcionou a bênção a indivíduos, nem a uma nação. Ele disse: “... Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12:3). E o Salmo 68:6 declara que “Deus faz que o solitário more em família”. Todos estes textos evidenciam que Deus tem uma preocupação especial com as famílias.

Diante dos fatos observados anteriormente, é importante analisar o seguinte: será que temos dado à nossa família o devido valor? Temos dedicado tempo de qualidade ao cônjuge e aos filhos? Estas são perguntas que nos dão muito em que pensar. Mas, além de tudo isso, é importante lembrar que o tempo passa para todos. E, se não aproveitarmos as oportunidades que temos agora, depois poderá ser muito tarde. Por isso, como pastor, esposo e pai que sou, quero pedir que você valorize sua família. Na verdade, quando os problemas crescem, quando falta o dinheiro, quando a fama e o poder não existem mais, é a família que nos sustenta e apoia. Sendo assim, por maiores que sejam seus compromissos ou por mais que você enfrente problemas com a família, por favor, peça a ajuda de Deus, busque soluções para os problemas e dedique-se a este grande tesouro que o Senhor colocou em sua vida.

Se você, por outro lado, está longe de sua família, ou se não tem família, saiba que há um Deus no céu que nunca lhe abandonará. Ele está agora mesmo ao seu lado para lhe dizer que ama você e para lhe dar esperança. Um dia, todos nós seremos libertos de todos os traumas e sofrimentos e viveremos a vida eterna, como uma grande família, na maravilhosa presença de nosso Deus e Pai.

Que o Senhor abençoe sua vida e sua família, hoje e sempre.

Pr. Leandro Henrique
leandroheol@yahoo.com.br

domingo, 15 de maio de 2011

ELAS Merecem!

ELAS Merecem!

“Toda mulher foi esculpida pra sentir-se única, mesmo fazendo o papel de várias”
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Um dia entenderei como funciona a mente feminina, mas enquanto este dia não chega o negócio é admirá-la. Como pode? Deve existir algum dispositivo clonado da divindade dando a elas a capacidade da “pluralidade proativa de percepção pragmática do cotidiano”. (Captou? Queria filosofar um pouco…!) Aterrissando do devaneio, simplesmente é incrível como elas conseguem fazer um montão de coisas tudo ao mesmo tempo. Já percebeu? Discretas e poderosas as mulheres destilam tamanha habilidade de ações múltiplas que nos reduzem a meros mortais admiradores de sua força ateniense embrulhada em dons inquestionáveis. Elas conseguem, nós não!
Hoje acordei com vontade de honrar esta qualidade ímpar na minha esposa, que desfila soberana na passarela do meu mundo. Ao homenageá-la extasiado, repouso em paz na possibilidade justa de estender este reconhecimento a tantas outras por aí. (Podem se incluir, vocês merecem!) Pois acredito, cada vez mais, que toda mulher foi beijada por Deus pra sustentar em seu corpo de titânio responsabilidades tão imensas quanto incríveis: ser bela, ser mãe, ser forte, segura, companheira, divertida, educadora, profissional, caseira, decidida, prevenida e a lista seguiria implacável até a costa da Malásia. Mulher é um universo de nuances indecifráveis digna de uma obra de arte.
Escrevo enquanto minha heroína dorme – um sono profundo pelo cansaço, e supérfluo pelo estado de alerta. Desde que virei pai-coruja minha mulher se tornou mãe-absoluta. Malcolm Montgomery disse: “o nascimento da mãe é o mais importante” (Mulher, o Negro do Mundo, p. 155), por isso, quando a maternidade chega, o mecanismo feminino de sobrevivência sofre alterações instintivas inacreditáveis. Elas conseguem dar banho sem tomar banho, podem alimentar se alimentando, decifram um choro indecifrável, trabalham fora protegendo dentro, e ainda, como não bastasse, cuidam de si cuidando de nós, maridos, que não cuidamos de nós mesmos. “Agora embalo dois!” – ela disse uma vez, empurrando-me profundezas abaixo pra notar seu heroísmo. Não adianta, faço tudo pra ajudar, mesmo assim, às vezes atrapalho mais do que ajudo. É quando, num passe de mágica, ela se reveste de força sobre-humana pra dar conta do recado.
Outro dia, vivi a radiografia de um instante único: minha super-mulher tinha um olho no fogão com a papinha cozinhando, outro olho no bebê que espancava a mesa plástica, uma mão no controle remoto zapeando pro canal infantil, outra mão pra mamadeira de água rolando pelo chão, enquanto um pé puxava a cadeirinha infantil, outro pé fechava a porta do armário, ouvia pelo viva-voz a avó no celular, e ainda conseguia me enviar um “daqueles” sorrisos capazes de me fazer o homem mais bem-vindo do planeta ao voltar pra casa. Petrificado, encostei na parede tentando entender, encabulado: “como pode? Ela é humana, ou uma alienígena com poderes cósmicos?” Foi quando me despertou, saudando: “oi, amor! Chegou?! Beijo!” – ali estava a verdadeira rainha me obrigando a me prostrar em seu palácio real.
Mulheres. Ah! Como ganharíamos mais se perdêssemos mais. Explico melhor: se perdêssemos nossa indiferença, largássemos nossa pretensa onipotência e deixássemos pra trás nosso machismo arrogante, veríamos quanto valor existe nesta pessoa de garra polivalente e curvas estonteantes. Elas merecem nosso encantamento insistente, e deviam ser cortejadas feito misses – ainda mais, se coroadas pela maternidade. O que conseguem fazer simultaneamente é pra ocuparem o Guinness Book da capa à contracapa. Seus sentidos são bélicos: escutam ruídos ininteligíveis, o silêncio é um grito de alerta, distinguem o choro certo no meio de outros mil, sentem cheiros há quartos de distância e agem à velocidade da luz no perigo iminente. Tá louco! Uma mãe é um soldado de elite alvejando todos os alvos com extrema precisão.
Semana passada, voltei pra casa após quinze dias viajando. Doido de saudade da eterna-amiga-parceira, além dos souvenirs de sempre, presenteei-lhe com um “passe livre” de 90 minutos pra ela fazer seu exercício preferido correndo no parque. Ouvi uma sabatina de orientações e não gravei nenhuma. “Sou pai de uma filha maravilhosa. Dou conta do recado!” pensei prepotente. O que ocorreu, a seguir, foi a maior ginástica da minha vida. Duas semanas longe, e minha filhinha se transformara numa alucinante bola de basquete elétrica com energia descontrolada que nem Itaipu daria conta. Enquanto eu tirava meus blue-rays da banheira lá do quarto, reunia os controles do Wii “tele-transportados” pras panelas da cozinha. Os imãs de geladeira “fugiram” até o armário de azeite de oliva, e resgatei um sapato meu de dentro do vaso sanitário, que esqueci aberto – por não ter escutado a sabatina maternal. Dando água na mamadeira, já tinha que abrir o biscoito de maisena, foi quando notei o rastro no tapete da outra fralda cheia, misturado às migalhas de pão espalhadas em toda minha mala recém-aberta. Lembrei, tarde demais, que o chuveiro pro banho prometido continuava aberto e, ao pisar afobado no chão encharcado, ensopei minhas meias novas, e a barra da calça. Um barulho na sala espatifava outra cadeira no chão e, ao chegar, meu passaporte já estava na mesma boca desdentada cujos dedinhos espremiam meus óculos puxados da mesa. O celular sinalizava o chefe chamando, enquanto a TV “milagrosamente” ligou no volume máximo. Tropecei numa caneca que “escapou” pro meio do corredor, e já não dava mais pra impedir o “ser extraordinário” espremendo creme de barbear fuçado na bolsa de higiene. A incompetência do pai disparou nela o choro de saudade da mãe – foi quando caí na risada, tentando controlar o desespero de ser completamente tosco. Neste instante a porta abriu, e só me lembro de ter escutado “amor, e aí, como foi?”, pra cair exausto semi-acordado no tapete…, junto daquela fralda. (Tá rindo porque não foi você!)
Homens, ELAS merecem. E como merecem! Sempre mais do que temos reconhecido do lado de cá da nossa previsível civilização masculina, e nunca menos do que nossa humildade em apreciar as virtudes inimitáveis delas. Dar conta do recado é obra de especialistas dignas de remuneração milionária – ou, pelo menos, da mais alta compreensão da nossa parte quando os nervos ficam à flor da pele. Equalizar tantas cobranças da maternidade, dedicar-se à profissão de educar sério, administrar um corpo lindo colapsado pela gravidez, e ainda dar atenção a um marido-coruja que só faz uma coisa de cada vez, tudo isso – e muito mais – é a validação inquestionável do poder feminino que move o mundo. “Mulher virtuosa, quem a achará? (…) Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida” (Provérbios 31:10 e 12). Esta versatilidade camaleônica é prova irrefutável do tremendo plano exclusivo de Deus para uma mulher, mãe e esposa. Ela não pode vacilar diante das assombrações do dia-dia – nem ousar desacreditar no espetacular projeto de eternidade desenhado pelo Criador.
Enquanto isso, nós, pais-corujas, temos a obrigação de sermos machos o suficiente para proteger e defender nossa fêmea-multi-tarefas, e homens o bastante pra revestir de carinho a companheira preciosa que o Céu nos ofertou. Sei que temos muitas outras qualidades masculinas incomparáveis, mas fazer tudo ao mesmo tempo pra todos e em todos os lugares, me perdoem, isso é habilidade exclusiva delas. Agora, podemos aprender? Ô, se não… Claro que sim! Não é humilhante um pai querer ser um pouco melhor como mãe, nem vergonhoso um marido desenvolver a flexibilidade de uma esposa. Na estrada dos relacionamentos, todos nós crescemos amadurecendo juntos.
Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas” (Provérbios 31:29). Cada mulher foi esculpida para sentir-se única, mesmo fazendo o papel de várias. Sábios são aqueles que valorizam isso! Quando a pressão da luta pela vida invadir o coração masculino, espremendo nossa sensibilidade romântica contra um muro de compromissos, agendas e negócios, temos de ver que do “lado pink” também tem sangue, suor e lágrimas. Elas foram feitas completas porque estávamos incompletos, e achadas porque ficaríamos perdidos. “Disse o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Genesis 2:18).O Criador foi tão perfeito que pôs no homem a força de fazer bem uma coisa por vez, e fez dela a auxiliadora insubstituível pra tudo mais ser feito também.
Fica aqui meu conselho de “marido-coruja”: se ela merece, e você reconhece, deixe-a saber! Sob o avental de guerra ela precisa receber um elogio de paz. Os respingos de comida salpicados na roupa justificam um abraço carinhoso daquele “que sabe que não sabe”. Chegamos cansados do trabalho, eu sei, mas elas ficaram cansando no outro trabalho: ser mãe, ser tudo, ser sempre. E estes seres que mereceriam o Olimpo estão ali dividindo nosso mesmo lar. Sem dúvida, vale a pena engrandecer quem faz por merecer.
E ELAS merecem!

ago 28, 2010 by pai coruja
http://www.paicoruja.eu/?p=436

Desejo da Mula

Desejo da Mula

“Sabedoria é saber o que fazer mesmo quando ninguém mais sabe”

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Já estava na hora. Doze badaladas. O encanto infalível evaporou, a princesa escorregou na maionese e a carruagem se desfez em abóbora. A única diferença é o sapato de cristal trocado por uma fralda largada pra trás. Porque, finalmente, minha filha de 22 meses começou a extravasar sua natureza humana mergulhada no ácido do orgulho. Sua vontade não admite ordens contrárias, nem seus sins almejados aceitam um não paternal. Ela fecha a cara, bate o pé, lança-se no chão, além de caprichar no BBB (Berro Besta de Birra!). E eu, que me iludia ser “o único pai do mundo com uma filha de outro mundo”, aterrissei meus devaneios perante uma cria tão genial quanto geniosa. Pois é! A fada se quebrou em mil pedaços e eu sobrei de queixo caído pelo chão.
É claro que eu a amo! Sou transloucado de paixão por aquele serzinho. Mas, recentemente, comecei sentir a mistura do pódio com o fim da fila – do troféu valioso com a fúria do derrotado. Num dos casos, era só uma escada pra ela NÃO subir, mas foi travada uma Guerra do Vietnã pela obediência – e eu, os Estados Unidos, acabei perdendo pra selva. Outra vez, pedi pra não jogar a colherada plástica cheia de papinha no tapete – ela entendeu, fez um “rrrhhhh” e, num tom de desafio, jogou-a tão forte que foi na tela da TV. E o que falar da mania de se grudar no chão? Gente! Criança é tão ameaçadora quanto ringue de luta livre! Mas ao invés de agredir na altura do joelho, joga-se esperneando no chão. Nestas horas meu sangue sobe numa explosão, sinto um calafrio gelado no couro cabeludo, e vendo a razão descer pro pé antes de chutá-la longe, pergunto: “Meu Deus, o que eu faço agora?
A vida não vem como uma bula escrita “Modo de Usar”. Certas esquinas que temos pela frente escondem completamente a visão nos vedando do que vem a seguir. E a fase que acabo de “adentrar triunfalmente pelos portais da incompetência”, dizem por aí que só vai terminar quando eu acabar – antes! Pois esta Saga da Educação é hereditária, vitalícia e imprevisível. Sabe o mais intrigante? Se meu “docinho recém-nascido” tornou-se um infantil “ossinho duro-de-roer”, o amor que tenho por ela é ainda menor do que o de Deus por mim – por isso Ele dá o direito de escolha, liberdade de expressão e possibilidade de pecar. Por quê? Pra nenhuma criatura acusar o Criador de ter sido feita sem alternativa. Eu vejo isso em minha filhota cada vez que ela me olha com cara de Cuca!
Mas deixa eu voltar àquele momento indecifrável em que trocaria todas as minhas economias pela solução maravilhosa pra queda-de-braço entre pai e filha. Barganharia todos os meus pratos de lentilhas pela primogênita resposta ideal em cima do laço (Genesis 25:34). Só que não é o que acontece. O gênio sumiu! Posso esfregar uma lâmpada até dissolver as mãos que seguirei no silêncio das dúvidas enroscadas na falta de ideias. Semana passada, entrei em outra sinuca de bico. Disse a ela: “se você jogar o celular do papai de novo ficarei muito triste!” Ela jogou com cara de provocação. “Filha, vou repetir só mais uma vez: não faça isso!” Seu olhar parecia de lutador de boxe cara-a-cara com o adversário na hora da pesagem – e tacou mais forte. “Ultima vez, senão…” Antes de terminar, meu I-Phone já decolava rodopiando pelos ares da sala. Respirei fundo, meu Google Mental não achou um resultado sequer, segurei firme seu bracinho, e enquanto seu biquinho nascia, minha paz de espírito morria. Usei a força bruta só pra me sentir um fraco tolo logo depois. Três décadas e meia contra nem dois anos – além dos 78 quilos de massa gorda sobre 12 de porcelana frágil – soam um tanto constrangedor. Por isso me senti péssimo! (Calma que não fiz nada mais do que apertar seu braço, ufa!)
Sabe o que todo mundo implora nesta hora, sem nem expressar verbalmente? O que eu suplico pra Deus quando me sinto incapaz de me livrar da sensação de “jumenta de Balaão”– e ainda muda? (Números 22:21-30). Peço o dom mais valioso pra qualquer ser vivente neste mundo inexplicável: SABEDORIA. Porque sabedoria é saber o que fazer quando ninguém mais sabe. É esfriar a cabeça quando a chaleira do coração está fervendo. Isso é tão difícil quanto garimpar um diamante raro no quintal da própria casa. Confesso que tenho vasculhado com muito mais fervor esta jóia preciosa na galeria das virtudes. Afinal, quando me sinto relinchando com minha filha, já que ela não entende nada do que peço, imploro a Deus modificar meus coices em atitudes sábias. Mas isso não é fácil, muito menos natural ao meu jeito de ser.
Por isso vou segredar pra você o trecho bíblico que se tornou minha leitura predileta nos últimos dias. Lá vai! “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando” (Tiago 1:5 e 6). Não é uma pepita brilhante achada no entulho do quintal? Tenho me agarrado a esta promessa divina como chimpanzé ao tronco no meio do vendaval. Daí eu entendo porque o próprio Criador apareceu a Salomão dizendo “pede qualquer coisa que Eu lhe darei!”, e sabe o que ele pediu? Sabedoria. Só isso – e tudo isso! (1 Reis 3) Pois quando se é sábio, todo resto será consequência óbvia das decisões acertadas.
E o que faço se pareço mula empacada perante uma criaturinha desnorteada? Tenho orado mais, lido mais, respirado mais, orado ainda mais e pedido muito, muito mais mesmo, perdão a Deus. Porque ser pai é tentar acertar mesmo em meio a vários erros. Educar é ser humilde pra aprender consigo errando antes de exigir impacientemente o outro acertando. A Bíblia chancela tudo isso: “a sabedoria, porém, lá do alto, é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sem fingimento” (Tiago 3:17). Não tem saída! Ser sábio é não achar todo mundo burro. Ser sábio é construir seu próprio alicerce seguro antes de criticar o telhado de vidro do outro. O sábio prega mais com suas atitudes do que fica dando sermão de dedo por aí. E sábio é o pai que consegue ficar mais perto de Deus pra fugir de si mesmo na hora em que se sente tão pecador quanto seu próprio filho.
Olhando minha filha indecifrável antevejo a imutável Lei do Crescimento: não vai ser fácil. Quando mais me sinto provocado é exatamente quando mais percebo, estarrecido, o quanto ela se parece indiscutivelmente… comigo! Isso é duro e cruel – feito um espelho insensível refletindo minha própria feiúra. A culpa dela é reação genética da minha própria culpa. Por isso acredito que de joelhos dobrados fico mais apto pra receber o que Salomão também recebeu e, de repente, como num passe de mágica, percebo que também estou mais na altura da minha filhinha olhando pra mim. Seus olhinhos brilham a inocência da inexperiência enquanto me olham como se pedissem ajuda mesmo sem saber. É nesse momento ímpar que consigo ver aquilo que ela não entenderá tão cedo: viver esta vida é aprender vencer a si mesmo ainda que com a ajuda dos outros. Pode ser um pai errante amando mais do que jamais imaginou, e pode ser junto com o outro Pai Perfeito que já ensinou com Seu amor a maior lição da eternidade. Nós três juntos – princesa, mula e Deus – venceremos o mal, saberemos o que é melhor, superaremos o imprevisível e cresceremos para sempre.
Mais sábios. Mais aprendizes. E menos jogadores de colheradas pelo chão.

abr 9, 2011 by pai coruja
http://www.paicoruja.eu/?p=941